DM

As vezes a gente entra tão fundo no buraco dos nossos próprios anseios que a vida corre além da caixinha de remédios. Aquela, sabe? Na mesa da cozinha. Que é pra te impedir de pular.
O que a gente não espera é a flor que nasce na nossa espinha, o suporte das raízes.
As letras correm pelo seu corpo, gritando todo o seu passado. Te expondo pro mundo.
Pra renascer colorida e se entregar por inteira ao jardim de sorrisos. Deitar na grama, esquecer a dor para adubar o amor.
Carregar o som dos passarinhos aos ouvidos de todos que sentem sozinhos.
Dores parecidas se reconhecem.
Amores fortes permanecem.
Deixa eu te ver, tira a mão dos olhos.
Mergulha, sente o mundo girar, dos seus pés brotar uma árvore de infinitos, cicatrizes para mostrar que ser forte é se permitir desabar.